Compositor: Jacques Brel
Um dia o diabo veio à terra
Em dia o diabo veio à terra para fiscalizar seus interesses
Ele viu tudo, o diabo
Ele ouviu tudo depois de ter visto tudo
Depois de ter ouvido tudo
Ele voltou para casa, lá embaixo
E lá embaixo fizeram um grande banquete
No final do banquete, o diabo se levantou
Ele fez um discurso e resumidamente
Ele disse assim, ele disse: Sempre tem por aí
Fogos iluminando a terra, tudo bem
Os homens gostam como loucos
Esses jogos de guerra, tudo bem
Os trens descarrilam com acidentes
Porque jovens cheios de ideais
Colocam bombas nos trilhos
Isso resulta em mortes originais
Resulta em mortes sem confissão
Confissões sem remissão, tudo bem
Nada se vende, mas tudo se compra
A honra e mesmo a santidade, tudo bem
Os Estados se movem em segredo
Em sociedades anônimas, tudo bem
Os poderosos rasgam os dólares
Tirados do país das crianças
A Europa é de novo o Avarento
No estilo dos anos 1900
Isso causa mortes de inanição
E a inanição de nações, tudo bem
Os homens viram tanto disso
Que seus olhos tornaram-se cinzas, tudo bem
E não se canta mais
Em todas as ruas de Paris, tudo bem
Trata-se os bravos como tolos
E os poetas como patetas
Mas nos jornais de qualquer lugar
Todos os canalhas aparecem na foto
Isso prejudica as pessoas honestas
E faz os desonestos rirem
Tudo bem, tudo bem, tudo bem, tudo bem